domingo, 20 de dezembro de 2009

Encosta-te a mim




Encosta-te a mim,nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,deixa-me chegar.
Chegado da guerra,fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,não quero adormecer.Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigoo que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar mas quero-te bem, encosta-te a mim

Jorge Palma

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