A paz dos frutos e a música
de suas sementes abertas ao vento
Peço a paz e meus pulsos
traçam na chuva um rosto e um pão
Peço a paz silenciosamente
a paz a madrugada em cada ovo
aberto aos passos leves da morte
A paz peço a paz apenas o repouso
da luta no barro das mãos
uma língua sensível ao sabor do vinho
a paz clara a paz quotidiana
dos actos que nos cobrem de lama e sol
Peço a paz e o silêncio
Casimiro de Brito, in "Jardins de Guerra"
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