terça-feira, 6 de outubro de 2009

Agosto


"O primeiro temporal de Agosto renova o bosque» é um ditado que corresponde bem à verdade.
Neste mês, as chuvas, mesmo breves, produzem um efeito que não se esgota tão depressa como umas semanas antes, não tanto devido a uma descida da temperatura, especialmente de noite, mas principalmente porque os dias se tornam mais curtos e as plantas apercebem-se disso, diminuindo o ritmo vegetativo.Basta olhar em voltar, nos bosques, nos relvados, nos terrenos incultos, para verificar que o mundo vegetativo iniciou a curva descendente do seu ciclo biológico. São cada vez mais abundantes as flores em semente junto das primeiras bagas coloridas, é cada vez mais raro o verde tenro dos rebentos, as folhas mudaram decididamente de consistência e de cor e estão, por assim dizer, envelhecidas. Regar, adubar e retirar as corolas sem flor é o trabalho que devemos cumprir diligentemente em Agosto, se quisermos prolongar a juventude do jardim. As plantas exaustas e tornadas preguiçosas depois de um grande trabalho que durou meses ainda se encontram, porem, em estado de reagi aos estímulos e de aproveitar condições favoráveis para superarem o momento crítico mantendo-se em « forma» e readquirindo as forças necessárias para produzirem folhagem e flores ainda por muito tempo. O trabalho jardineiro em Agosto não é fácil nem ligeiro, até porque deve de novo dedicar-se à multiplicação de diversas espécies, à plantação de bolbos e, nos climas onde o verão é breve, também aos grandes trabalhos de preparação do terreno para as futuras plantações. O ponto forte do jardim situa-se neste mês, junto dos hebiscos e das Hortênsia, as anuais de todos os tipos e cores, as dália, os gerânio e todas as plantas que requerem uma assistência diária.

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